Principais dúvidas sobre fertilização para casais homoafetivos
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- Redação RS
- 7 de maio de 2021
- Saúde
Desde 2013 com a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), tornou possível que casais homoafetivos utilizem técnicas de fertilização in vitro (FIV), como a doação de útero/barriga solidária para realizarem o sonho de serem pais e formarem uma família.
Já em 2019, aconteceu uma nova vitória que permitiu a esses casais o direito de recorrer a técnicas de reprodução assistida, para ter filhos biológicos.
Diante disso e de todo esse processo, muitas dúvidas ainda existem para essas pessoas, ainda mais quando o assunto é sobre a escolha do melhor tratamento para realização desse sonho. Para facilitar e ajudar esses casais a entenderem mais sobre o tema, confira as respostas para os principais questionamentos sobre fertilização para casais homoafetivos.
4 dúvidas sobre fertilização para casais homoafetivos
Quais são os tipos de técnicas de reprodução?
Existem dois tratamentos viáveis e bastante favoráveis para a reprodução tanto para casais de mulheres como de homens.
Casais de mulheres
Existem as opções de inseminação artificial e a fertilização in vitro. A primeira é realizada com a indução da ovulação em uma das parceiras e o sêmen de um doador, escolhido em um banco de esperma nacional ou internacional, é injetado no útero da mulher.
Já a fertilização in vitro, é feita por meio da estimulação ovariano de uma das mulheres, para que os óvulos sejam coletados e fertilizados com os espermatozoides de um doador anônimo. Logo após a formação dos embriões, eles podem ser transferidos para o útero de uma das parceiras.
Casais de homens
Para casais homoafetivos de homens a opção é a fertilização em vitro com óvulos doados e doação de útero, cujo intuito é fazer com que os óvulos de uma doadora anônima sejam fertilizados pelos espermatozoides de um dos parceiros, e os embriões que se formarem no processo sejam transferidos a uma barriga solidaria, que pode ser uma parente de até 4º grau.
O banco de doadores é seguro?
Vale destacar que a regulamentação brasileira para esse tipo de processo é bastante rígida. Para a escolha dos doadores são realizados exames antes da coleta e consideradas os seguintes requisitos:
– Homens entre 18 a 50 anos;
– Mulheres com no máximo 35 anos;
– Teste de fertilidade comprovada;
– Possui integridade física e mental;
– Não possuir nenhuma doença genética e nem DST (Doença Sexualmente Transmissível);
– Não ter nenhuma doença ou problema de saúde que possa prejudicar o processo de recolhimento dos óvulos, que envolvam injeção de hormônios.
O casal pode escolher o sexo ou características físicas do bebê?
Segunda as regras e legislação estatuída pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho de Ética Médica, é proibido que qualquer casal realize tanto a escolha do sexo como das características físicas do bebê.
Vale destacar que a sexagem fetal, exame feito para descobrir o sexo do bebê, só pode ser feita quando um dos pais for portador de algum tipo de doença hereditária ligada ao sexo.
Posso pagar por barriga de aluguel ou comprar gametas?
A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de venda, seja ela de espermatozoides ou de óvulos, assim como o pagamento de uma mulher para servir como barriga de aluguel para a geração do bebê. Como já citamos, o casal pode sim, optar por uma barriga solidaria desde que ela seja uma parente de até 4º grau.
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