O câncer de pele é o tipo de tumor mais comum no Brasil. Ele se divide em três tipos: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Os dois primeiros representam cerca de 97% dos casos. Já o melanoma, apesar de raro, é o mais agressivo e com maior risco de morte, pois pode causar metástase. Porém, quando diagnosticado e tratado precocemente, pode ter 100% de chance de cura.

O tratamento indicado para o câncer de pele é a remoção cirúrgica, que retira a lesão e parte do tecido ao seu redor, a chamada margem de segurança. Isso é feito para evitar que o câncer reapareça nas bordas da cicatriz. O procedimento é feito em ambulatório, com anestesia local. Mas é importante lembrar que, mesmo após tratado, o câncer de pele pode voltar.

Pacientes que tiveram câncer de pele têm um risco maior de desenvolver outro câncer de pele ou ainda tumores em outros órgãos. Por isso é importante fazer o acompanhamento pelo tempo que o médico determinar. Nessas consultas, o especialista examinará o paciente e poderá solicitar alguns exames laboratoriais ou de imagem para seguimento.

Como é feito o acompanhamento clínico em caso de câncer de pele?

O acompanhamento clínico, geralmente, é feito da seguinte maneira:

– Cânceres basocelulares: em geral, as consultas são recomendadas a cada seis a 12 meses. Pessoas que já tiveram esse tipo de câncer de pele têm maior risco de desenvolver outros com o passar dos anos, seja na mesma área inicialmente afetada ou em outra região do corpo;

– Cânceres espinocelulares: o retorno é mais frequente, geralmente a cada três ou seis meses nos primeiros anos após o tratamento, aumentando o intervalo de tempo nos anos seguintes. O carcinoma espinocelular tem uma probabilidade maior de voltar, se comparado com o carcinoma basocelular, mas nem sempre ele se espalha para outras partes do corpo.

A taxa de recidiva para os dois tipos de tumor é de cerca de 5% em cinco anos, mas essas taxas variam de acordo com alguns fatores, como tipo do tumor, comprometimento de margem, tratamento inadequado, tipo histológico e localização. Cada caso deve ser avaliado individualmente, pois cada um possui um risco de recidivas e metástases. O médico é quem pode avaliar os diversos fatores que irão determinar a chance de recidiva, metástase e como a doença pode evoluir.

Deve-se informar ao médico qualquer novo sintoma ou lesão, pois ele pode ser provocado por uma recidiva do câncer de pele ou por um segundo câncer. Se a doença voltar, as opções de tratamento dependerão do tamanho e da localização do tumor, do tratamento já realizado e do estado geral de saúde do paciente.

Se a recidiva for local, as opções de tratamento incluem cirurgia, radioterapia ou outros tipos de tratamentos locais. Se a recidiva for em outros órgãos, podem ser necessários tratamentos como terapia alvo, imunoterapia ou quimioterapia.

Prevenção do câncer de pele

Para evitar o risco de o câncer de pele voltar ou do desenvolvimento de outro câncer, siga algumas medidas de proteção:

• Use chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares;
• Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas;
• Evite a exposição solar e permaneça na sombra entre 10 e 16 horas;
• Na praia ou na piscina, use barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta;
• Use filtros solares diariamente, até em dias nublados e em casa. Reaplique o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre;
• Observe regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
• Consulte um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

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